O governo do Rio de Janeiro apresentou ao Supremo Tribunal Federal um plano de recuperação de territórios controlados pelo crime organizado.

O documento é uma das exigências estabelecidas pelo STF contra as violações de direitos e o alto número de mortos em operações policiais nas favelas do Estado.
O documento, com 300 páginas, lista medidas de enfrentamento à presença ostensiva do crime e às operações financeiras ilegais.
A previsão é de serem executadas logo após o carnaval, em cinco etapas, começando por comunidades da zona sudoeste da capital fluminense, com alto nível de atuação de grupos armados e vulnerabilidade social. A região, dominada hoje por milicianos e uma violenta facção criminosa, tem sido palco de disputas territoriais e assassinatos.
O Plano Estratégico de Reocupação Territorial, como foi batizado, inclui mapeamento dessas áreas e intervenção direta, com presença policial, resgate da cidadania e acesso a direitos, assim como apoio ao desenvolvimento econômico.
A Secretaria de Segurança ouviu 400 moradores das áreas afetadas, e já é certo que eles terão participação em todas as fases e na criação de uma plataforma digital de transparência.
Para estruturar o Plano, o governo do estado se baseou na experiência da cidade de Medellín, na Colômbia, que nas décadas de 1980 e 1990 chegou a ser considerada uma das mais violentas do mundo, pela alta letalidade causada por embates entre o tráfico e o poder público local.
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